21 de Dezembro de 2020

Aprimorar o quadro regulatório enquanto alicerce para a criação de um ambiente mais atractivo ao investimento

 As energias renováveis representam uma aposta importante para o alcance do objectivo almejado pelo Governo de Moçambique da universalização do acesso à energia por todos moçambicanos até 2030, objectivo que simultaneamente corresponde ao compromisso assumido pelo País no âmbito da iniciativa das Nações Unidas Energia Sustentável para Todos, SE4ALL, da qual Moçambique é subscritor.

 

Uma combinação de factores  favoráveis  e particulares  do contexto energético de Moçambique, sustentam e salientam a aposta nas energias, merecendo destaque, nomeadamente o elevado potencial em energias renováveis, devidamente identificado e quantificado no Atlas de Energias Renováveis, os avanços tecnológicos alargando as oportunidades do aproveitamento deste tipo de fontes de geração de energia, o seu contributo na resposta aos desafios climáticos, enquanto energias limpas, a capacidade de maior penetração  dispersa, e por conseguinte, permitir  a satisfação  adequada das necessidades diferenciadas  de consumo de energia, o período relativamente curto para a sua implantação e por consequência a remuneração menos longa dos investimentos, só para citar alguns.

Visando a transposição dos factores acima mencionados em benefícios no aumento da disponibilidade de energia o país tem vindo a aprimorar o quadro regulatório, enquanto alicerce para a criação de um ambiente mais atractivo ao investimento incluindo para capitais privados, é disso exemplo o Programa de Leilões de Energias Renováveis PROLER, actualmente em curso, o qual visa a competitividade e maior eficiência na realização dos investimentos com ganhos para economia.

Reconhecemos por isso os parceiros que vêm prestando o seu contributo sob as mais variadas formas. A ALER é sem dúvidas um dos parceiros relevantes, particularmente no estabelecimento de ligações entre diversos actores bem como na divulgação de informações pertinentes sobre as oportunidades de investimentos.

Depois do actual concurso para 30MW solar para Dondo, para os próximos concursos para as centrais solares Manje em Tete, Lichinga no Niassa assim como para a eólica em Inhambane, esperamos continuar a contar com a expressiva participação de entidades privadas, apoio dos parceiros, dentre os quais a ALER e a AMER, enquanto veículos importantes na promoção das energias renováveis.

Paulo da Graça,
Presidente do Conselho de Administração  da ARENE