Directora Executiva da ALER em entrevista ao Público
Isabel Cancela de Abreu, Directora Executiva da ALER, deu uma entrevista ao jornal Público no qual explicou que os países africanos “são ilhas energéticas, não têm as interligações que existem na Europa e, no fundo, estão habituados a desenvencilharem-se sozinhos”, esclarecendo que a resposta para os problemas de ineficiência energética deve passar por soluções de integração de energias renováveis.
“Instalar um painel solar com duas ou três tomadas é muito, muito rápido e permite a uma família ter acesso imediato a electricidade. São enormes os impactos na vida de uma família, e das mulheres em particular”, afirmou.
A entrevista ao Público, que pode ser consultada aqui, aborda temas como a transição energética enquanto prioridade nos países africanos e dentro do contexto actual europeu, os desafios na electrificação, o potencial e as soluções que podem facilmente ser colocadas em prática.
“Soluções fora da rede, como micro-redes ou sistemas isolados, em que, se eu puser uns painéis na minha casa, consigo ligar o frigorífico e carregar o telemóvel e ter iluminação. Soluções que, em África, estão a crescer imenso, pelo facto de a rede não chegar a todos os locais”, explicou a Directora Executiva da ALER.
Seja "para cozinhar sem ter de ir buscar lenha para a fogueira, para bombear água; para o entretenimento, para as crianças poderem estudar à noite ou os adultos fazerem cursos de alfabetização. E para todo o tipo de serviços. Como é que se armazenam vacinas sem electricidade nos centros de saúde?". Para responder a estas questões, Isabel Cancela de Abreu justifica a criação da ALER ao esclarecer que "os impactos sociais sempre me cativaram e, ao aperceber-me que não havia nenhuma associação nacional nestes países, pensei que se podia fazer a diferença".
"Entretanto, já apoiámos a criação de associações de energias renováveis em Angola e Moçambique e estamos nesse processo em São Tomé", explicou como sendo uma das mais valias da ALER.
Consulte a entrevista aqui.