26 de Agosto de 2016

Em conversa com o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Embaixador da EU em Timor-Leste

A emergir de mais de duas décadas de conflito e instabilidade, a República Democrática de Timor-Leste tornou-se o primeiro novo Estado soberano do século XXI, em 20 de maio de 2002. Desde então, o governo do País - com a ajuda da comunidade internacional - tem trabalhado arduamente para estabelecer as bases para o desenvolvimento.

 

Na publicação “Views from the Field” deste mês ouvimos a opinião da Embaixadora da UE para Timor-Leste, Sylvie Tabesse, e de Hernâni Coelho, Ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, enquanto conversavam sobre os sucessos e os desafios remanescentes de Timor-Leste.
 

Capacity4dev (C4D): Quais são os desafios-chave que Timor-Leste enfrenta ao nível do desenvolvimento?
 

Hernâni Coelho (HC): Um dos maiores desafios que enfrentamos em Timor-Leste é, sobretudo, a nível do capital humano. Somos uma nação muito jovem que experienciou mais de 24 anos de instabilidade, e, claro, durante esse período, não fomos capazes de preparar os nossos jovens para os cargos de responsabilidade que deveriam ocupar no novo país que temos hoje.
 

Sylvie Tabesse (ST): O desafio para eles e para nós é encontrar recursos qualificados para implementar os nossos programas, o que às vezes é bastante complexo. Esta é uma das principais razões pelas quais nos envolvemos numa operação de apoio orçamental. Percebemos que é uma ferramenta muito poderosa que nos permite consolidar realmente o seu sistema e capacitá-los. Possibilitou criar uma parceria mais madura, e aprofundar o nosso diálogo, discutindo franca e abertamente as reformas numa atmosfera de confiança. Isto foi realmente muito bem-sucedido.

 

Actualmente fornecemos apoio orçamental sectorial ao Ministério das Finanças. Através do 11.º FED [Fundo Europeu de Desenvolvimento], iremos apoiar a gestão das finanças públicas em geral, assim, prevemos um contínuo apoio orçamental a outros ministérios, a fim de ajudar a fortalecer as suas instituições e, consequentemente, também a sua democracia.
 

Também estamos a apoiar a iniciativa do Primeiro-Ministro com o nome de Auditoria Social. Ao trabalhar com a sociedade civil, a Auditoria Social monitoriza a qualidade da prestação do serviço público e ajuda a desenhar políticas que estão mais alinhadas com as necessidades da população. Para além de trabalhar com o Governo em operações de apoio orçamental, trabalhamos também com instituições importantes para a democracia, as instituições de supervisão: o parlamento, o Tribunal de Contas, a unidade anti-corrupção, e a sociedade civil.
 

Leia o artigo completo aqui (disponível apenas em inglês).