Energia, o poder de influenciar as pessoas
É por todos reconhecido a centralidade da Energia na Solução Climática e no Desenvolvimento Humano.
Em linha com o objectivo do desenvolvimento sustentável das Nações Unidas (SGD #7), as energias renováveis, a eficiência energética e o acesso à energia, estiveram como sabemos no centro das discussões e das decisões da COP 21.
De modo a que as energias renováveis estejam na base do futuro sistema energético, o recurso a estas e a implementação de medidas de eficiência energética devem tornar-se universais e sistemáticas.
É fundamental convocar todos os actores, desde logo os Associados da Eurelectric e das empresas que representam.
Actuando no sector da energia, estas devem também mobilizar os seus recursos (tecnologia, conhecimento e fundos) para contribuir no processo de universalização do acesso à energia.
É com esse propósito e na minha condição de actual Presidente do “A2E Network of Experts” (NE) da Eurelectric, que vamos colaborar com um conjunto de outras organizações internacionais, igualmente empenhadas num apoio mais robusto e coordenado, à iniciativa do Secretário Geral das Nações Unidas (SE4ALL – Sustainable Energy for All), com o desenvolvimento de um conjunto de iniciativas.
O NE vai privilegiar a sua actuação na produção descentralizada de energia com recurso a fontes limpas em países em desenvolvimento. Neste momento este grupo de intervenção da Eurelectric está a estudar uma parceria com a UNHCR (United Nations High Commissioner for Refugees) e o desenvolvimento de uma acção conjunta por parte de Utilities Europeias, na electrificação de Campos de Refugiados em Africa.
Nos países em desenvolvimento as Energias Renováveis são a solução para garantir o acesso universal à energia até 2030, sendo esta a condição necessária para combater a pobreza e transformar qualitativamente a vida de 3 mil milhões de pessoas.
Será igualmente importante, o envolvimento das “Agências de Energias Renováveis” na promoção das Energias Renováveis no on-e off – grid, nomeadamente nos países africanos de expressão portuguesa. Vamos seguramente desafiar a ALER para ser Parceiro.
Guilherme Collares Pereira
Chair do A2E - Network of Experts