Moçambique: HCB e EDM assinam contrato de financiamento para Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa
A Electricidade de Moçambique (EDM), empresa associada da ALER, e a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), empresa que explora o Projeto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa, assinaram um acordo para a atribuição de um financiamento de mais de 3 milhões de dólares (2,8 milhões de euros).
O acordo, assinado no dia 16 de Agosto, estabelece os termos e condições a serem aplicados no orçamento do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa.
De acordo com a EDM, "este montante corresponde à contribuição da EDM (...) e deverá ser pago até ao encerramento financeiro do projecto".
Os custos de desenvolvimento do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa são suportados pela EDM e pela Hidroeléctrica de Cahora Bassa, "empresas mandatadas pelo Governo para desenvolver e implementar" o projecto, e "devem ser contabilizados como adiantamentos ao capital social das sociedades de propósito específico a constituir" para o seu desenvolvimento.
Mphanda Nkuwa será a segunda maior central hidroeléctrica do país, a seguir à Central Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), que tem uma capacidade de 2.070 megawatts. A Central em desenvolvimento, terá uma capacidade instalada de produção de energia de até 1.500 megawatts e uma linha de alta tensão de 1.300 quilómetros de Tete até Maputo.
Com um custo estimado de 4,5 mil milhões de dólares (4,2 mil milhões de euros), Mphanda Nkuwa deverá ser construída 61 quilómetros a jusante da central hidroeléctrica de Cahora Bassa, no rio Zambeze, na província de Tete.
"O projecto será a opção de mais baixo custo para a produção de energia" e deverá reforçar a posição de Moçambique na área da exportação de energia como um "centro regional de energia", sublinhou anteriormente o Gabinete do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa.
Já em Junho, a União Europeia (UE) e o Banco Europeu de Investimento (BEI) tinham anunciado um investimento de 500 milhões de euros para o Projeto Hidroeléctrico da Central de Mphanda Nkuwa.
Um total de 300 milhões de euros será destinado à linha de alta tensão (dos quais 50 milhões de euros são uma doação) e os restantes 200 milhões de euros serão para investimento na Central Hidroelétrica.
O anúncio foi feito poucos dias depois de o Governo Moçambicano ter anunciado que um consórcio liderado pela Electricité de France (EDF) e que incluía a empresa associada da ALER, TotalEnergies tinha sido escolhido como "proponente preferencial" para executar o projecto em regime de concessão.
Seguir-se-á a fase de angariação de fundos até ao fecho financeiro (inicialmente previsto para Agosto de 2024), altura em que se considera que o projecto disponha de fundos necessários para avançar e operar até 2030.