Organizadores fazem avaliação positiva da 1ª Feira Internacional do Ambiente e Energias Renováveis (FIAER) de Cabo Verde

A FIAER encerrou no dia 13 de Fevereiro com uma avaliação global positiva da parte da generalidade dos operadores e visitantes que estiveram no certame.
 

Durante três dias perto de uma centena de empresários, instituições e profissionais da área trocaram experiências e ideias sobre o mercado e as tecnologias do sector do ambiente e das energias renováveis, com o objectivo de desenvolver parcerias e fazer negócios.
 

Estiveram presentes mais de 40 expositores, 25 nacionais e 15 estrangeiros, vindos de Portugal, Espanha, Angola e São Tomé e Príncipe, entre outros. A feira contou ainda com uma forte presença de comitivas da CEDEAO, com destaque para o Senegal e Guiné Bissau, que se fez representar pelo Ministro da Energia, Wasna Papai Danfá.
 

 A cerimónia de abertura foi presidida pelo Primeiro-Ministro José Maria Neves, que na sua intervenção destacou o percurso de Cabo Verde em matéria de energias renováveis e a forte aposta do seu Governo neste sector, realçando que apesar de não ter “petróleo” ou “diamantes” o país tem os recursos naturais do futuro, sol, mar e vento e que, actualmente, “temos 400% de produção de renováveis em relação às necessidades do país”. Por isso, como defende, é preciso apostar na gestão sustentável e tirar melhor partido da energia limpa em Cabo Verde e partilhar a experiência com os outros países da sub-região, através da formação, entre outros. “Queremos formar 100 especialistas em energias renováveis”, afirmou.
 

A Ministra do Turismo Indústria e Desenvolvimento Empresarial (MTIDE), Leonesa Fortes,  salientou o facto do sector das energias limpas ter vindo a mostrar “dinamismo” e a suscitar cada vez mais “interesse” e que é preciso continuar a impulsionar o sector e transformar Cabo Verde numa praça de serviços. “Estamos a ultimar um conjunto de normas e regulamentos para tornar o sector mais eficiente para que possamos fornecer também serviços na área das energias renováveis na CEDEAO”, acrescentou a Ministra.
 

Por ultimo o Presidente do Conselho Directivo da CCISS, Jorge Spencer Lima, entidade que em parceria com o MTIDE, o MAHOT, o CERMI, e o ECREEE organizaram esta primeira feira internacional, destacou a importância das parcerias público-privadas para o sector. Spencer Lima realçou que é importante “colocar frente a frente” parceiros de desenvolvimento das duas áreas, “ambiente e energias renováveis”, de forma a que se possam “procurar soluções para os problemas que afectam os nossos países, em matéria de energia, um dos factores de produção mais caros em Cabo Verde, mas também ainda escassos e de baixa penetração em outros países de África.”